25/06/2013

A maldição do olho

Uma viagem ao universo do álbum "The Eye" nesta incrível tradução e interpretação.

Olá Diamond Bangers, hoje estamos postando a tradução do álbum "The Eye", boa leitura!

As partes principais das histórias narradas neste álbum são, infelizmente, verdadeiras e ocorreram durante a inquisição francesa, entre 1450 e 1670. Todos os personagens seguintes

são reais e pertencentes àquela época.


Nicholas de la Reymie: Investigador-chefe da Corte Cristã da Fogueira (Câmara Ardente),em Paris, França.

Jeanne Dibasson: Uma suposta bruxa

Madeleine Bavent: Freira francesa de 18 anos que entrou para o convento em Louviers em 1625, depois de ter sido seduzida por um padre. Morreu em 1647 na prisão.

Padre Pierre David: Capelão do convento em Louviers até sua morte em 1628.

Padre Mathurin Picard: Capelão do convento de Louviers de 1628 até sua morte em 1642. Dentre suas ações insanas e doentias,
ele conseguiu estuprar Madeleine Bavent.

A estória de The Eye gira em torno de um colar conhecido como “O Olho da Bruxa”, ou simplesmente “O Olho”. Esse objeto tem poderes que permitem mostrar o passado para quem o usa e também causar a morte de quem o olhar diretamente.





The Eye of the Witch

O Olho da Bruxa

Está tão frio aqui dentro nesta noite de verão
No céu, nuvens negras
Dançam diante de meus olhos
Estou perdendo o rumo do tempo...

É o Olho da Bruxa!
É o Olho da Bruxa!

O trovão traz a chuva que
Penetra em meu cérebro
Eu não sou mais o mesmo
Aquela noite especial chegou
Perdendo o rumo do tempo...

É o Olho da bruxa
O olho, o olho, o olho

Outra taça de vinho
Para aquecer o meu sangue
E quando eu olho dentro
Do colar chamado “O Olho”
Sinto que estou voltando no tempo

É o Olho da Bruxa!
É o Olho da Bruxa!
O olho, o olho, o olho

The Trial (Chambre Ardente)

O Julgamento (Câmara Ardente)

O julgamento de Jeanne Dibasson, uma suposta bruxa. O tribunal é comandado por Nicholas de La Reymie, chefe da Chambre Ardente, ou Câmara Ardente, que nada mais é que o órgão da Inquisição Francesa. A música na verdade é um diálogo entre o investigador e a mulher. O clima da canção, com seu riff pesado e arrastado, combina perfeitamente com o diálogo e os eventos que ocorriam realmente nesse tipo de caso de suspeita de bruxaria.

La Reymie:
Jeanne Dibasson, você está sob acusação
Perante a Corte da Fogueira
Pela prática de bruxaria. Você confessa ?
Nós temos muitas maneiras de fazê-la falar
Como você se defenderá?

Jeanne:
Eu nunca fiz mal a ninguém
Eu não acredito nisso

La Reymie:
Levem a bruxa pro calabouço para o teste
Tragam também os broches brilhantes. Vamos!

Isto é podre até o caroço
Jeanne está nua deitada no chão do calabouço. 
Eles querem mais

La Reymie:
Oh, Jeanne, você parece tão boa

La Reymie está tocando seu corpo
Seus dedos enrugados sobre ela

La Reymie:
Então é assim que você faz com o Diabo
Nós vamos te pegar, bruxinha.
Nós nunca vamos acreditar em você
Então, é melhor se arrepender de seus pecados já

Enfiando agulhas em sua pele
No calabouço, há sangue por todos os lados
Agulhas feito garras, agulhas e alfinetes
Ela está ficando fraca, não sentindo mais a dor

La Reymie:
Nós nunca vamos acreditar em você
Então, é melhor se arrepender de seus pecados já

Nós somos servos de DEUS
Acreditamos no Diabo
E nós encontramos sua marca em você
Confesse bruxa

Tu não deves sofrer
Uma bruxa que vive
Que sempre deitara com uma besta
Deve com certeza ser morta

Jeanne:
Eu nunca deitei
Com nenhuma besta tua
Cães ou gatos ou cabras
Agora deixe minha alma em paz

La Reymie:
Aquele que se sacrificar perante a qualquer deus
Que não seja o nosso Senhor
Será totalmente destruído

Jeanne:
Agora eu ouço, malditas línguas mentirosas
Eu nunca fiz mal a ninguém

Mas eles não a libertaram
Chifres e rabos e patas rachadas
Você pode me dizer onde está a prova?

Burn

Queime

Conhecemos então o destino de Jeanne Dibasson, o mesmo destino de diversas pessoas durante o período de inquisição na Europa. Uma particularidade da Inquisição Francesa é que, diferentemente da Espanhola e da Portuguesa, quem fazia a investigação eram juízes de direito. Depois de julgada, aí sim a pessoa era passada para a igreja, a fim de receber sua punição. Mas é claro que isso era apenas uma mera formalidade.

A inquisição a levará para a colina
Pronta para ser sacrificada
Fazendo a vontade de Deus
Todos estão lá
Nenhum deles se importa
Nem um único pregador

Queime na noite, você é a filha do demônio
Queime na noite, você é a filha do demônio

Olhando para o céu, logo a garota morrerá
Ninguém chorará ou ouvirá seus gritos, por quê?
Os sacerdotes estão todos alinhados
Agora eles dão o sinal
Deixem o fogo brilhar

Queime na noite, você é a filha do demônio
Queime na noite, você é a filha do demônio

Eles dizem que o Diabo está aqui, esta noite
Então deixe-o tocar seu violino selvagemente

Alto, queimando alto
Logo as chamas a devorarão
Alto, queimando alto
O cheiro de pele se torna insuportável

Alto, queimando alto
Suas pernas são chamuscadas pelo fogo
Do pó para o pó
Vejo sorrisos em seus rostos malignos

Queime na noite, você é a filha do demônio
Queime na noite, você é a filha do demônio

Um relâmpago dos céus
A mágica está chegando
Enquanto seu colar
Voa na altura de seu olho
Os sacerdotes estão todos alinhados
Agora eles dão o sinal
Deixe o fogo morrer

Queimada viva na noite, não há restos mortais

Queimada na noite, apenas uma corrente mágica




Two Little Girls
Duas Garotinhas

A conexão entre a história de Jeanne Dibasson com a parte restante do disco. Teclados sinistros acompanham a voz de King Diamond ao narrar a cena de duas meninas que estão brincando em um local onde as bruxas eram queimadas, quando encontram um colar no meio das cinzas. As duas garotas brigam pela posse dele e uma delas, ao olhar fixamente para o objeto, morre. Não há referências a isso, mas é coerente pensar que a garota que ficou com o colar é Madeleine Bavent, personagem central da segunda parte da história, que acontece em um convento em Louviers, que fica no norte da França.

Uma garotinha com os dedos sujos
Brinca com sua boneca quebrada
Enquanto a outra garota está deitada
Cavando um buraco no chão
Parece que elas estão brincando um jogo diabólico
Um jogo que não tem nome
As duas estão nas cinzas
Bem na estaca onde as bruxas queimavam

Se pelo menos elas tivessem notado
O lugar que estavam brincando
As garotas ainda estão rindo
Elas acham que estão se divertindo...
Elas deveriam estar longe dali
Assistindo o pôr do sol

Uma garotinha pegou um colar
Das cinzas das bruxas
Ele tinha asas enquanto a outra garota
Gritou ‘’Agora é minha vez de tê-lo.‘’
A outra garota olhou sem perceber
Diretamente no Olho da Bruxa
O tipo de horror que ela presenciou
A fez engasgar para todo sempre

Eu queria que elas tivessem notado
O lugar em que estavam brincando
Elas ainda estariam rindo
Se divertindo muito
Elas estariam bem distantes
Assistindo o pôr do sol


Into the Convent

Dentro do Convento

A segunda parte da história inicia-se com “Into the Convent” que conta a história da freira, Madeleine, que era forçada pelo padre Pierre David, capelão do convento, a participar nua de um ritual chamado por ele de “comunhão”. Em um dos dias do ritual ela resolve colocar o colar e padre David morre ao olhar para ele.

Madeleine está fugindo de si mesma
Com medo da vergonha
Ela está gritando por ajuda
Para se ‘’limpar’’ novamente

Ninguém se importou e ninguém irá
Seus sentimentos não serão compartilhados
Ela quer quebrar o feitiço
E ela irá

Dentro do convento, um sorriso em seu rosto
Dentro da escuridão para esconder todos os pecados
Imaginando o que de errado poderia acontecer
Neste lugar

Padre David:
“Bem-vinda irmã, eu sou o capelão
Ajoelhe-se e reze, fazendo o favor
Neste convento, eu sou Seu mestre
Beije meu crucifixo agora querida Irmã
Em Nome de...“

Madeleine está fugindo de si mesma
Enquanto padre David dizia:
"Na comunhão, você precisa estar despida”
Por que ela foi?

Dentro do convento, um sorriso em seu rosto
Dentro da escuridão para esconder todos os pecados
Imaginando o que de errado poderia acontecer neste lugar

Padre David:
“Venha comigo Irmã Madeleine
Revele seus sonhos selvagens
Está na hora de se unir e cantar
Deixem o festim começar”

Naquela noite, ela acordou para procurar “O Olho”
No chão frio de pedra
O porquê, ela nunca saberá
Mas ela colocou o colar

No dia seguinte, o Padre David faleceu
Bem na hora da comunhão.
Por quê? Ele nunca, nunca saberá o por quê
Mas ele chegou a olhar para “O Olho”’

O olho do colar está cobrando seu preço
Dentro do convento, a alma irá se regojizar


Father Picard

Padre Picard

O convento não pode ficar sem um capelão, então padre Mathurin Picard (ou “Father Picard”, nome da faixa) é o novo encarregado. Rapidamente ele escolhe quatro freiras que vão participar com ele de uma “comunhão” (sim, novamente a tal comunhão). Mas as freiras começam a ser controladas por padre Picard por meio de um pó branco que ele adiciona no vinho que elas ingerem durante o ritual, deixando-as sem lembranças e sem vontade própria.

Um novo capelão chegou
Madeleine e algumas outras freiras
No convento, irão conhecê-lo esta noite

Padre Picard:
Bem-vindas aos meus aposentos, entrem
Bem-vindas minhas queridas Irmãs, entrem na luz

“Eu sou o padre Picard e estou assumindo As coisas agora serão diferentes aqui
Vocês são as quatro escolhidas por DEUS
Para serem seus anjos de branco
Bebam meu doce vinho sagrado"

Oh sim, venham, isto não é pecado
De agora em diante, todo Domingo esta hora
Vocês irão cuidar desta minha comunhão

Padre Picard está escondendo algo
Um pó branco para o vinho

Padre Picard:
“Eu sou o padre Picard e estou assumindo
As coisas agora serão diferentes aqui
Vocês são as quatro escolhidas por DEUS
Para serem seus anjos de branco
Bebam meu doce vinho sagrado"

As freiras endoidaram, luxúria em seus olhos
De agora em diante, todo Domingo esta hora
Padre Picard está no controle de suas mentes

Padre Picard está escondendo algo
Um pó branco para o vinho

Behind These Walls

Atrás Dessas Paredes

Madeleine começa a ter alguns flashes e lembrar-se vagamente de alguns acontecimentos dessa comunhão e fica se perguntando o que acontece atrás desses muros do convento.

Andando pelo jardim
E colhendo flores no sol
Madeleine está em seu devido lugar
Ela não pode ver nenhuma das outras freiras
Ela que está cega ou será sua mente?
O que está acontecendo?
O que está acontecendo atrás dessas paredes?

Todos os pássaros estão cantando
Mas Madeleine não consegue ouvi-los
Lembranças de gritos na noite
Gemidos vindos lá de baixo
Onde as celas de prisão são frias
Ela não entende o que está acontecendo

Agora, o sino está tocando
A hora da comunhão chegou
O Padre Picard será realmente amigo?

O gosto azedo do sangue de Cristo
O que está acontecendo?
O que está acontecendo atrás dessas paredes?

The Meetings

Os Encontros

O que acontece é nada mais nada menos que um ritual de sacrifício de recém-nascidos que são crucificados por dois padres e quatro freiras, todos liderados por Picard. Nessa hora nos lembramos do texto em que diz que os eventos contados no álbum são verdadeiros.

A noite está escura
Sete figuras andam pelas ruas de Louviers
Picard é um deles, os outros dois são sacerdotes
E as outras são freiras, indo para:

Os encontros, mantidos em segredos
Más companhias cheias de segredos
Vez após vez

O quarto está escuro
Velas na parede
Eles já estiveram aqui
A Cruz Cristã está pendurada bem acima
Do altar de Deus

Madeleine está no portão
Um sentimento confuso em sua mente
Enquanto os estranhos entram

Os encontros, mantidos em segredos
Más companhias cheias de segredos
Vez após vez

Os estranhos trouxeram
Uma doce criancinha
Mas alguma coisa está errada
O bebê chora, alguém aqui irá morrer
E agora, as freiras rezam

Os encontros, mantidos em segredos
Más companhias cheias de segredos
Vez após vez

Madeleine e as outras freiras
Seguram a criança na altura do Crucifixo
Enquanto o Padre Picard e os sacerdotes
Se aproximam com martelos e pregos
Não há mais o que contar

Todos os que participavam dos rituais foram presos, Madeleine Bavent, agora presa, sente-se mais livre libertando-se do inferno que era sua vida. 

1642 Imprisonment

1642, Aprisionamento

Sacrifício, rituais sagrados, sigilo e vinho alterado
Velas pretas queimam em fogo fraco
Aos encontros novamente eles seguem
Padre Picard mal pode esperar para tomar outra alma
Oh, é uma vergonha, Picard era tão insano

No ano de 1642, isto chegou a um fim
Em 1642, aprisionamento

Sacrifícios, rituais santos, sigilo e vinho alterado.
A Peste Negra acontece desta forma
Padre Picard logo chegará
Ele está mal, tão doente
Agora seus encontros acabaram definitivamente
Oh, que pena
Elas cooperavam com seu jogo

No ano de 1642, isto chegou a um fim
Em 1642, aprisionamento

Sacrifícios, rituais santos, sigilo e vinho alterado.
As freiras não podem levar a culpa
Uma após a outra sofre um colapso
Confissões, confissões
Elas confessam a possessão diabólica
Oh, é vergonhoso
Até Madeleine se tornou insana

No ano de 1642
Madeleine está deixando o inferno
Em 1642, ela encontrou liberdade
Em sua cela de prisão

The Curse

A Maldição

Eu sei o que você está pensando
Eu posso ver através de seu cérebro
Eu sei o que você está fazendo
Mesmo eu estando tão longe

O Poder que consegui da corrente é meu
Apenas eu posso usá-lo
O Poder que consegui da corrente é meu
Apenas eu posso usá-lo

Isso foi ontem
O trovão ribombando, rachando os céus
E um temporal caindo
Aturdindo meu cérebro, me levando à loucura
Eu estava bebendo vinho novamente
Oh sim, a culpa é do vinho.

A maldição do “Olho”
Ele te levará de volta no tempo
Se você olhar para “O Olho”
Ele te levará de volta no tempo

A maldição do “Olho”
Ele te levará de volta no tempo
Se você olhar para “O Olho”
Ele te levará de volta no tempo

Eu sei o que você está pensando
Eu posso ver através de seu cérebro
Eu sei o que você está fazendo
Mesmo eu estando tão longe

Eu sei que há um lado maligno
No poder da corrente
Eu sei que voltarei no tempo
Novamente

Era dia 1.º de Maio
O trovão ribombando, rachando os céus
E um temporal caindo
A inquisição voltou, eu posso sentir a dor
Eu tenho que aliviar isso, apenas um dia

A maldição do “Olho”
Ele te levará de volta no tempo
Se você olhar para “O Olho”
Ele te levará de volta no tempo

O Poder que recebi da corrente é meu
Apenas eu posso usá-lo


O disco encerra com o objetivo de amarrar a estória dizendo que o poder do “Olho” vai sempre continuar. Como na primeira faixa a pessoa estava voltando ao passado, podemos dizer que agora ela está retornando ao presente e assim temos seu final!